A perseguida igreja Brasileira
Isso posto, podemos então fazer uma análise, um panorama do cristianismo que é pregado e vivido neste país tupiniquim ao qual estamos vivendo.
Logo, pergunto: Que cristianismo é esse que é pregado no Brasil que não sofre oposição de ninguém? Que cristianismo é esse que não sofre perseguição da imprensa, da sociedade, da política, de outros grupos religiosos?
Semana após semana, artistas e “pastores” góspeis estão em evidencia nos programas da televisão brasileira. Por quê? Por que estão sendo perseguidos? Por que os políticos têm tramado estratagemas contra a igreja e formado uma oposição ferrenha ao Evangelho? Por que cristãos estão sendo discriminados por causa da sua fé? Por que vez ou outra, aqui ou acolá, algum cristão é assassinado ou preso por pregar as Escrituras? Definitivamente não.
Eles estão lá para receber homenagens, glórias, louvores, honras, méritos, discos de platina, de ouro, prêmios pela grande vendagem de seus cds, para serem entrevistados, elogiados e idolatrados. Homenagem no Domingo Legal, entrevista na Gabi, homenagem no Programa Raul Gil, entrevista no Agora é Tarde, homenagem no Programa do Faro e até chega ao absurdo de receberem homenagens e ser entrevistados nos programas da já tão conhecida emissora anticristã rede Globo, que debocha e escarnece da fé cristã em sua programação diária.
Qual é o Evangelho que esses artistas e “pastores” estão lendo, pregando e vivendo? Com certeza é o“outro evangelho” que estava sendo pregado aos crentes da província da Galácia, o qual Paulo disse que maldito seja todo aquele que o anunciar.
É entristecedor ver como o cristianismo é abraçado e recebido pela mídia ímpia brasileira. Ele é diametralmente oposto àquilo que as Escrituras apregoam.
A verdade – doa a quem doer – é que a igreja brasileira está cega, corrompida e apóstata, se afastou das Escrituras e tem se tornado uma prostituta nas mãos de cafetões que se auto intitulam “apóstolos” e “levitas”. Tornou-se o Israel dos tempos do profeta Oséias, “consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus”. (Os 4.12).
O grande problema disso tudo é que todo esse engodo, essa aliança entre Acabe e Josafá, essa mistura do santo com o profano, essa maldita tentativa de unir Cristo à belial, promovida pelos “líderes espirituais” dessa nação – como eles mesmos se auto intitulam – é recebida pelas massas ditas “cristãs” como sendo um grande avivamento, uma expansão do cristianismo, uma ascensão da igreja.“A igreja está ganhando território, crescendo”, dizem eles.
“Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas”. Talvez você nunca tenha lido essa advertência acima, pois, outra característica que assola a igreja brasileira hodierna é o abandono das Escrituras. Esse “ai” foi proferido por Cristo em Lucas 6.26. O que dizer diante disso? Ai de ti igreja brasileira, que tem sido louvada e elogiada por todos! Ai de ti igreja brasileira, que nega as verdades do Evangelho com o propósito de ser bem recebida e tratada. Ai de ti igreja brasileira, que vitupera o sacrifício de Cristo a fim de ser bem vista pela sociedade. Ai de ti igreja brasileira, que se finge de judeu para agradar os judeus, porém também se finge de gentio para agradar os gentios. Ai de ti igreja brasileira, que é dissimuladora das verdades cristãs. Até ao inferno serás abatida.
Vale perguntar: qual honra Cristo recebeu da sociedade judaica, de Herodes, de Pilatos, de Anás e Caifás? Quem o aplaudiu? Quem o tratou bem? Quem o elogiou? Quem o honrou? Quais foram os prêmios de “honra ao mérito”? Quantos discos de platina recebidos? Quantos discos de ouro ganhos? Quantos grammys? Na verdade, ele foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso”. Cuspido, zombado, escarnecido, torturado, espancado, crucificado e morto.
Sob o prisma do Evangelho pregado por Jesus Cristo e todos os santos Apóstolos, podemos afirmar que alguma coisa – a bem da verdade, muita coisa, a maioria delas – está errada com o cristianismo que por aqui é propagado.
Por que razão a igreja brasileira não é perseguida? Por que ela é amada e tão bem recebida pela ala ímpia do país? Eis a razão: ela não incomoda e de protestante só há o nome. Ela não “quebra” o tráfico de drogas, ela não diminui a corrupção no meio da política, ela não diminui a comercialização de produtos piratas, ela não fecha os centros de umbanda, quimbanda e candomblé, ela não desmascara o curandeirismo antibíblico praticado no espiritismo, ela não faz com que padres abandonem o seu catolicismo – como acontecia com os sacerdotes das sinagogas judaicas no livro de Atos – e se convertam ao verdadeiro Evangelho, ela não consegue sobrepujar o islamismo crescente no Brasil, ela não afronta os que são pró-aborto, pró-legalização das drogas, pró-homossexualismo, ela não é sal, ela não é luz. Como disse Leonard Ravenhill, “se Jesus pregasse a mesma mensagem que alguns ministros pregam hoje, Ele nunca teria sido crucificado”. Ravenhill foi generoso ao dizer “alguns ministros”. Eu diria a maioria deles.
Quanto mais o verdadeiro Evangelho for pregado e vivido, quanto mais o Evangelho da Cruz obter êxito, quanto mais almas forem genuinamente salvas (e eu estou falando de pessoas arrependidas e convertidas, bem diferente das massas que incham as igrejas brasileiras, mas isso é outro assunto), quanto mais o Evangelho de Cristo influenciar no meio da sociedade, quanto mais impacto positivo ele causar, mais perseguições ele sofrerá, mais ele será odiado, maior será o número de hostes espirituais da maldade que irão se opor contra ele. Falando em exércitos da maldade, citando novamente Ravenhill, “é bem possível que satanás não tema grande parte das pregações de hoje”.
Espero que você reflita e consiga enxergar que definitivamente não há avivamento algum acontecendo na igreja brasileira, mas sim uma grande apostasia. Vou repetir: Não existe avivamento acontecendo na igreja brasileira. Espero que você entenda que há uma cruz no Evangelho e que ela não está presente nisso que temos enxergado em nossos dias. Espero que você se indague por qual razão homens piedosos da igreja brasileira contemporânea (sim, eles ainda existem; não se curvaram diante de baal e não comeram da mesa de Jezabel) como Hernandes Dias Lopes, Paulo Junior, Ciro Zibordi, Renato Vargens, Russel Shedd, Augustus Nicodemus Lopes, Paulo Romeiro, entre poucos outros, não são convidados para expor o Evangelho na mídia brasileira.
Espero que você procure conhecer como foi a vida, o proceder e o Evangelho pregado por Paulo de Tarso, Pedro, Estevão, Policarpo, Martinho Lutero, João Calvino, John Wesley, George Whitefield, David Livingstone, David Brainerd, D.L. Moody, John Knox, Jonatham Edwards, D.M. Lloyd Jones, Leonard Ravenhill, David Wilkerson, entre tantos outros, e veja os impactos causados por esses homens nas sociedades nas quais estavam inseridos. Depois disso compare o cristianismo desses santos homens de Deus com o cristianismo que é pregado e vivido pelos “santos homens de deus” da igreja brasileira moderna.
De fato estava certo Spurgeon ao dizer que chegaria um tempo na igreja em que, ao invés de pastores alimentando ovelhas, haveria palhaços entretendo bodes. Com certeza A.W Tozer acertou ao verberar que é muito difícil levar uma pessoa à igreja onde a única atração ali seja Deus.
Igreja brasileira, artistas góspeis, “levitas”, “pastores”, “bispos”, “apóstolos”, vocês dizem que são ricos e abastados e não precisam de coisa alguma, e nem sabem que são infelizes, sim, miseráveis, pobres, cegos e nus.
No Evangelho segundo escreveu João, no capítulo 15, versículo 20, o Senhor Jesus faz um alerta a seus discípulos: eles e todos os que porventura decidissem segui-lo seriam perseguidos. E para essa regra Cristo não abriu exceções. Em seu segundo tratado, Lucas relata isso se materializando dia após dia na vida dos Apóstolos e dos primeiros cristãos (At 4.1-21; 5.14-18; 25-40; 7.54-60; 8.1-3; 9.22-24 entre outros).
Paulo mais tarde corroboraria com a assertiva de Cristo. Escrevendo ao seu fiel discípulo, o jovem pastor Timóteo, o Apóstolo dos gentios diria que “todos os que querem viver a vida cristã unidos com Cristo Jesus serão perseguidos” (II Tm 3.12). E ele dizia isso por experiência própria. Seu conhecimento no que diz respeito às perseguições era empírico.
Faltar-me-ia espaço nessas linhas para descrever tudo o que Paulo sofreu por causa do Evangelho – se é que isso é possível – no entanto, para termos ideia do que esse grande homem de Deus passou, vale a pena lembrar ao menos o que está relatado na primeira aos Coríntios, onde ele diz:
“Até agora temos passado fome e sede. Temos nos vestido com trapos, temos recebido bofetadas e não temos lugar certo para morar. Temos nos cansado de trabalhar para nos sustentar. Quando somos amaldiçoados, nós abençoamos. Quando somos perseguidos, aguentamos com paciência. Quando somos insultados, respondemos com palavras delicadas. Somos considerados como lixo, e até agora somos tratados como a imundície deste mundo.” (I Co 4.11-13).
Evangelho e perseguição andam juntos, são inseparáveis. Foi assim desde os primórdios da cristandade. Eusébio de Cesareia, o pai da história da igreja, em sua magnum opus História Eclesiástica, relata-nos as perseguições que os primeiros cristãos sofriam: “ora dilacerados pelos flagelos até ficarem à vista as veias e artérias mais entranhadas, e visíveis as vísceras e os membros mais profundamente secretos do corpo; ora estendidos sobre conchas marinhas e pontas agudas; e depois de todas as espécies de torturas e suplícios, expostos finalmente às feras para sem devorados”.
Literalmente serviam de “espetáculo para o mundo inteiro”. Tertuliano dizia que “o sangue dos mártires era a semente da igreja”. E não pense que essas perseguições ficaram no passado, elas estão presentes nos dias atuais. No ano de 2012, segundo o ranking World Watch List, coproduzido pela Missão Portas Abertas, 1.201 cristãos foram mortos por causa da sua fé. Em 2013 os números aumentaram para 2.123 e – no ano passado – esse número mais que dobrou, subindo para 4.344 cristãos assassinados por professarem Cristo como Senhor. Com o crescimento desenfreado do Estado Islâmico, podemos esperar que ao final de 2015 esses números sejam ainda maiores. Mesmo que a mídia se negue a relatar, o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo.
As referências bíblicas utilizadas foram extraídas da versão NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) e ARA (Almeida Revista e Atualizada).
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Com Informações:artigos.gospelprime
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor
Hebreus 12:14 - Prepare-se, Arrependam-se dos pecados -Aceite Jesus como Salvador
O Messias está vindo
Preparem o caminho em Santidade
(Hebreus 12:14)
Shalom
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