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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Final dos tempos: Denominação troca orações e hinos por cerveja e pipoca nos cultos

Final dos tempos: Denominação troca orações e hinos por cerveja e pipoca nos cultos (APOSTASIA)


Projeto da Igreja Crossroads visa alcançar os “sem religião”

Diversos pastores dos Estados Unidos estão abrindo espaços “alternativos” para fazer reuniões religiosas. Em geral, são mantidas as dinâmicas dos cultos evangélicos com hinos, pregação, tendo como aspecto diferenciador que durante os encontros, os cristãos bebem cerveja.

Porém o pastor Kevin Brown, da Igreja Crossroads, decidiu dar um “passo adiante”. Ele alugou a parte de cima do pub The Loft na cidade de Lansing, Michigan, para uma reunião semanal. Por causa da sua localização, batizou-a de “Cenáculo”, uma referência ao local onde Jesus se reuniu pela última vez com seus discípulos, antes da crucificação.
Numa reunião típica, as Bíblias ficam sobre as mesas ao lado das cervejas e pipoca. O pastor sobe ao palco, assume os teclados e canta uma música, mas não é um hino. É uma música da banda de rock secular Death Cab for Cutie. Alguns aplaudem, outros apenas observam, entre um gole e outro.

A decisão de não usar canções religiosas é por que “conversamos com as pessoas que não vão à igreja e percebemos que para eles é estranho cantar a um Deus que você não acredita”. O grupo que estava no local não passava de 60 pessoas. No telão, um trecho do filme “Sinais”, com Mel Gibson. Depois, cantou-se a música “Some Nights”, do grupo pop Fun.
Pode haver uma congregação evangélica se não há orações, hinos ou apelos? A Crossroads acredita que sim e que só desta maneira conseguirá atrair pessoas cuja relação com a igreja tradicional é tênue ou inexistente. Como um “chamariz extra”, a primeira cerveja dos que visitam o local pela primeira vez é paga pelos pastores.
“É um gesto de amizade”, explica Noah Filipiak, 31 anos, um dos fundadores da Crossroads. “Achamos que passa uma mensagem para as pessoas que são muito desconfiadas de igreja e acham que ela, como instituição, existe apenas para criticar os outros”. Quando chega sua vez de falar, ao invés de um sermão sobre céu ou salvação, apresenta uma reflexão sobre “Como Deus pode nos ajudar no caos diário”.
O projeto para o Cenáculo, co-fundado por Filipiak, surgiu após ele convidar amigos que jogavam futebol com ele nas manhãs de domingo para irem ao culto na Crossroads. Reparou que a maioria não foi. Os poucos que foram, não voltaram no domingo seguinte. Isso o fez questionar que tipo de ambiente a igreja estava oferecendo.
Decidido a se aproximar do que identifica como pessoas que tem algum interesse nas coisas espirituais mas simplesmente não está indo à igreja. Para ele parece natural unir um ambiente festivo e bebida, afinal foi numa festa de casamento que Jesus fez seu primeiro milagre, transformando água em vinho.
Segundo estudos, o grupo religioso que mais cresce nos Estados Unidos são os “sem religião”. Cerca 20% dos americanos se definem assim, chegando a 30% entre os que tem menos de 30 anos.
Engana-se quem pensa que sejam ateus. A maioria não é. Dois terços dizem acreditar em Deus, indica a pesquisa realizada Centro de Pesquisas Pew sobre Religião e Vida Pública em 2012. Um em cada cinco afirma orar todos os dias. Mesmo assim, a imensa maioria não acredita que precisa pertencer a uma igreja.
Warren Bird, diretor de pesquisa da Leadership Network, grupo que analisa as tendências da igreja, decreta: “A maioria das pessoas gosta de Jesus, mas não da religião organizada ou institucional, ou veem a si mesmos como senso mais espirituais que religiosos”. Para ele, os plantadores de igrejas precisam “descobrir novas formas para abrigar as verdades eternas e imutáveis do Evangelho”.
Na sua concepção, isso não é algo realmente novo. “Desde os dias de Jesus e seus apóstolos até hoje, os líderes da igreja tentam levar o Evangelho onde o povo está”, disse Bird. “Isso significa não só templos, mas todos os locais públicos”. Com informações USA Today

Gospel Prime via ocorreiodeDeus